terça-feira, 24 de setembro de 2013

Minha(s) Filha(s)

Hoje o meu universo reveste-se da maior importância,
pois posso agradecer e sentir-me preenchido
pelo privilégio de ter uma filha como tu.
Mais ainda, por poder sentir duas pérolas como minhas.

Pérola rara e bela, que alegra os meus dias
e me faz ter esperança, mesmo perante todas as dificuldades.

Por tudo que te ensinei e por tudo que me ensinas todos os dias,
mostrando-me como ser humana, paciente e aberta às novidades
que a vida oferece. É o amor de uma filha que nos
une e o teu sorriso é o melhor presente para mim.

Por vezes, temos esbarrado um no outro,
e sei também quão dependentes somos de conhecimentos que nos
engrandecem um pouco mais para vivermos melhor e em paz.

Recebe a minha homenagem de amor, carinho e orgulho a um ser
que move a minha vida e a minha alegria.

Registo também os meus sinceros gestos de
cuidado e carinho que sinto por ti, minha filha.
Procura ser sempre feliz, pois estarei bem se
conseguires a tua felicidade.

Quero pedir-te desculpas se às vezes me excedo nos meus conceitos
antiquados e ultrapassados, às vezes nem tanto como os teus,
mas tenho medo de qualquer coisa que possa ferir-te ou magoar-te.
São coisas de Pai, difíceis de explicar ou definir.

Uma coisa te garanto, seja o que for a nossa vida daqui para frente,
ela será vivida com a certeza de que te amo, incondicionalmente.

 Quero a Tua Felicidade com Todo o Meu Ser!!!

Amor é fogo que arde sem se ver... mas dói

Amor é fogo que arde sem se ver... mas dói;
É ferida que dói e não se sente... mas arde sempre;
É um contentamento descontente... comigo próprio;
É dor que desatina sem doer... qual barata tonta;

É um não querer mais que bem querer... até doer;
É solitário andar por entre a gente... de passo caído;
É nunca contentar-se de contente... por querer sempre mais;
É cuidar que se ganha em se perder...para ver feliz;

É querer estar preso por vontade... e fugir;
É servir a quem vence, o vencedor... só por existir;
É ter com quem nos mata lealdade... até ao último suspiro.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Como?

O que me apetece

Apetece-me algo, apetece-me muito
Apetece-me nada, que representa tudo
Não me apetece nada apetecer-me tudo
Mas o apetite não espera muito

Apetece-me viver, apetece saber
Como irá apetecer-me
O que não posso ter

Apetite de amor
Apetite por dor
Só me dói apetecer
O que não posso querer

Apetece-me amar
O amor proibido
Por quem se mostra
Apetite proibido

Pérola apetecível
Que cria apetite
Como será possível
Ter tanto apetite?

Apetece-me ter vida!

A alma gentil dos entrefolhos

Alma minha gentil que te partiste
em cacos...
Alma minha gentil que aprendeste
a sofrer...
Alma minha gentil que sentiste
o silêncio...
Alma minha gentil que abandonaste
a esperança...

O ente maligno que é o cancro obriga-nos a repensar
a rever a alma gentil... que não é nossa.
Leva-nos a reposicioná-la... nos outros.

Nos especiais,
nos próximos,
nos ausentes,
naqueles sem os quais não respiramos.

Leva-nos a pensar mais na alma dos outros
que nos nossos entrefolhos.
Leva-nos a dar passos que nunca pensáramos
a pensar que podíamos ser felizes.

Agarrar a energia da alma gentil que cá temos
torna-se aquilo em que deixamos de pensar,
pois são os nossos que nos alimentam a alma.

Os especiais, os próximos, os ausentes, aqueles sem os quais não respiramos.
E a nossa alma, quando sobrevive, passa a ser deles.

Sempre e para sempre.
Que se lixe a minha gentileza de alma.
Alguém decidiu deixar-me ficar
para enriquecer a alma
dos especiais, dos próximos, dos ausentes, daqueles sem os quais não respiramos.

Aqueles que descobrimos que amamos.
Aquela descoberta que surge dos entrefolhos da gentil alma que, afinal, talvez não tenha  partido.

Bem-hajas, amor

A falta de pão

A falta de pão dói.
Dói a quem sente,
dói a quem vê,
mesmo a quem finge não ver.

A causa de tanto sofrimento: a dor de barriga.
A falta de pão faz doer a barriga de fome.
A falta de pão faz sofrer e sentir mau-estar.
Faz-nos fortes e fracos ao mesmo tempo.
Faz-nos... doer a barriga e a alma.

A dor de barriga mói,
faz doer o coração,
faz doer o orgulho,
faz doer a capacidade de agradar... e ser agradado.

A falta de pão
só vem quando não conseguimos
evitar a falta do pão
que nos alimenta a alma.

A falta de pão faz doer a barriga
que vai cá dentro e não conseguimos gritar
faz pensar que não estamos sós
e há que sofrer por quem amamos.

A falta de pão faz-nos ralhar,
faz-nos doer a alma da vida sã que havíamos,
de quem pensava que a vida é nossa
e de mais ninguém.

Descobrindo com a dor
que a vida é de alguém,
que comanda a nossa dor
e dispõe da nossa alma.

A força da dor,
faz-nos viver apenas estando,
fingindo sorrir,
fingindo viver.

A força da dor
da falta de pão
faz-nos mais fortes
mas talvez não melhores...

Sorri!!! Sorri sempre!!!

Sorri! Sorri sempre!!!
Pois rir não é sorrir.
Tu quando ris vais contente,
mas quando sorris estás, sim, feliz!!!

Por isso, sorri sempre!!!
Sê feliz!

PS - mesmo que rias, acaba a sorrir e a pensar em tudo o que tens, valorizando tudo o que não perdeste e tudo o que poderás ser.

AMOR PROIBIDO, AMOR VELADO, POR ALGUÉM SUBLIME

AMOR PROIBIDO, AMOR VELADO, POR ALGUÉM SUBLIME

Como é difícil amar alguém que,
por convenção social,
 nos está proibido...

Como dói ter de lidar com a ausência
que sabemos bem perto,
 a sentir igual sufoco, angústia sem diferença,
aquela falta... que nos faz sentir a
impotência que nos dói na situação...
 Não sermos donos de nós próprios,
não podermos cumprir a vontade e necessidade,
 pela prisão de um compromisso
do qual não podemos simplesmente alhear-nos,
pois existem fatores tantos a ponderar
e a consentir,
que nos impedem o egoísmo e o pensamento só em nós próprios...

É difícil não poder magoar as pessoas que nos cercam
e por isso mesmo vivermos magoados por nós próprios...

É difícil não ter nem a chance de poder
dividir com alguém que amamos,
seja por que meio for,
o que se sente num dia de hoje,
tão especial como o de ontem...

É difícil não poder, no momento em que queremos,
 dizer pessoalmente a alguém que amamos,
em voz alta,
"Feliz Natal, Meu Amor", "Parabéns, Minha Luz",
"Feliz Páscoa, Meu Bem" ou "Parabéns pelo teu sucesso, Minha Vida"...

Enfim, não poder comemorar as datas
e os momentos que mais nos tocam
e que mais nos fazem desejar estar com a pessoa que realmente amamos...

É difícil sufocar tudo isso dentro de nós
e ter de viver um disfarce
e fazer de conta que está tudo bem, que está tudo certo...

 É difícil não poder assumir a verdadeira escolha
e ter de continuar a vida insonsa que se tem até sabe-se lá quando...

É muito difícil não podermos ser nós mesmos
e viver com toda a intensidade o amor
que finalmente sentimos na nossa vida...

É difícil demais viver um amor proibido...

 É difícil demais não poder ter-te aqui e agora comigo!
E em união pacífica podermos
comemorar essa data tão especial...

Ah! como é difícil !!!
Ah! Como te compreendo, Meu Amor !!!