domingo, 6 de outubro de 2013

A raiva que sinto - hipocrisia tanta!!!

A raiva que sinto e quero gritar, mas que tenho que brandir... silenciosamente!
A raiva por ter mas não poder viver, tanto que dói até não respirar. A espada que sobe, para logo cair, o olhar distante, sem dor visível, a morrer por dentro pela dor que cresce e não pára.

O guerreiro invencível que descobre que é nada e tudo tem que aprender, por algo que nunca terá. O ar que respira não cheira a nada: não estás lá... falta tudo. A raiva que grito com a força do mundo em total silêncio para não ser ouvido. Uma dor constante de quem podia ter tudo e vê a vida estragar-se a cada dia que passa. A felicidade que anseio e me faz sofrer, por impossível e inalcançável, mesmo na injustiça do mundo. 

O poder que me falta para dourar esta dor, amenizar o ardor, das lágrimas que verto só por viver aqui e assim, neste mundo torto, ao pé de ti e tão longe. Vivo tão só, no desconsolo do impossível, na dor do dia e ardor da noite. Vivo tão só, a sofrer por dentro, esboçando um sorriso, só para não explicar. Deixem-me sofrer. Nada mudará o que causa a dor; apenas posso tentar aprender a viver. O que é belo vai longe, faz-me sofrer.

Vejo-vos viver, a sofrer em silêncio e pergunto-me, devagarinho: também sofrem tanto? Fingimento, hipocrisia, palavras ocas, quando o sumo nos corre nas veias e queima como fogo azul, que incendeia as entranhas do que sinto arder. Amor, obsessão, ciúme, desdém, indiferença, pode ser de tudo. Mas como grito de amor, silenciosamente, numa hipocrisia sofrida. Sem conseguir respirar e pedindo que pare. Por favor... devia ser mais fácil não ser infeliz.

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