segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O sentimento mais vil

Não existe sentimento mais vil que o medo da perda gradual de quem amamos.
A quem amamos secretamente a vida vai correndo, avançando, e nós vamos ficando, a sofrer, a ver fugir por entre as malhas da vida a quem dependemos, a quem quereríamos dar a vida, evoluindo e vendo a esvair-se aquele sentimento de carinho, de amor, de entrega, do qual dependemos e que é a nossa razão de viver.

A dor e o medo são tantos que apenas fica um vazio, de torpor pelo cansaço de tanto doer, a ansiedade da perda, a tristeza profunda de quem ama, pela indiferença.
Seja paranóia ou realidade, não há como negar... dói!

Amar é querer dar, sempre, e até morrer. Não poder fazê-lo causa o mais profundo dos sentimentos de perda interior, de dor e sentimento de raiva pela injustiça da vida. Queremos amar, queremos dar, queremos viver, mas tudo se esvai por entre os dedos, mesmo que seja apenas a sensação, a esperança de algo poder mudar. Esforçamo-nos por fazer tudo o que sabemos para impedir que o sentimento de areia se esvaia  por entre os dedos, mas a impotência de poder conter, de poder fazer renascer os sentimentos que outrora nos deram alento, nos fizeram sorrir e nos deram energia para conseguir fazer algo de bom e diferente todos os dias, deixam uma dor tão imensa que só nos resta ... sofrer.


Em silêncio... até morrer.

Resta o alento de poder sentir algo de bom... que quem amamos possa ser feliz e continuar com a sua vida, pois nada mais devemos querer a quem amamos, a não ser o sorriso.

Ah... a dor é tanta, a ansiedade consome. O medo. Só queria ter sabido estar calado, ter sabido não amar tanto.

Adoro-te, meu amor, para toda a vida, mesmo que o teu sorriso precise que eu chore... e que me vá.

A puta da depressão faz-nos chorar, mas eu hei-de conseguir ver-te através das lágrimas. Nem que morra!!!

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